O sargento da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, foi afastado por 120 dias de suas funções na corporação. A informação foi confirmada pelo secretário de Defesa Social do Estado, Alessandro de Carvalho, que assinou o afastamento e publicou no Boletim Geral da SDS-PE.
O PM é investigado por matar o motociclista por aplicativo, Thiago Fernandes Bezerra, na manhã do último domingo (1), quando imagens de um apartamento flagrou o momento em que o policial e o motociclista discutem e depois o PM sacou a arma e efetuou disparo contra o autônomo.
Inicialmente o motivo teria sido uma recusa do policial em pagar o valor da corrida para a vítima, que gerou uma discussão e, depois, os disparos. Segundo informações, o valor cobrado seria R$ 6,98. A defesa do PM, porém, argumenta que o motivo não foi a recusa.
“A discussão não seria pelo valor, até porque o valor estaria estampado no aplicativo antes de você começar a corrida. Você não discute com o Uber moto ou Uber carro normal o valor. O valor não é estipulado nem por uma parte nem pela outra, não é isso? Então não haveria o que se discutir sobre o valor. Ele abre a carteira com muita clareza. A partir daí, há uma discussão, e a gente não sabe as circunstâncias desse disparo”, argumentou em fala à Folha de Pernambuco, o advogado de Venilson, Jethro Ferreira.
Já o secretário de Defesa Social, o afastamento do PM é uma medida que tem o objetivo de garantir a ordem pública, a instrução regular do processo disciplinar, que está em andamento pela Corregedoria Geral da SDS, e a viabilização da aplicação correta das sanções disciplinares.
Ainda de acordo com o secretário, a decisão foi dada por “indícios de práticas de atos incompatíveis com as funções públicas” por parte de Venilson. Alessandro de Carvalho também determinou que a identificação, armas e utensílios funcionais de Venilson sejam recolhidos dentro do prazo de 24 horas.
Até o fim dos 120 dias, caso o Processo Administrativo Disciplinar não tenha sido concluído, o prazo poderá ser prorrogado por um período igual.
Após o crime cometido pelo policial, ele ainda foi espancado por populares após embarcar em um ônibus. O PM foi levado para o hospital e depois, após ter alta médica, foi para a delegacia.
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