segunda-feira, 19 de junho de 2023

Empresa investigada por SUPERFATURAMENTO de “kits robótica” vendeu mais de R$ 8 milhões em remédios para prefeituras em Pernambuco, dentre elas a Prefeitura do Brejo da Madre de Deus! Veja quais


Investigado pela PF (Polícia Federal) no esquema de superfaturamento de kits de robótica, Denilson de Araújo Silva, de 51 anos, também aparece como dono de outra empresa, a Star Medicamentos e Material Hospitalar Eireli, ou Star Med.

A companhia faturou R$ 8,5 milhões em contratos emergenciais da pandemia com prefeituras de Pernambuco entre 2020 e 2022, segundo as investigações.

Contratos da Star Med com prefeituras de Pernambuco:


Palmares: R$ 2.642.819,08

Xexéu: R$ 1.647.539,92

Ribeirão: R$ 1.129.651,20

Carpina: R$ 968.980,21

Pombos: R$ 644.608,43

Chã Grande: R$ 410.597,18

Jataúba: R$ 349.904,21

Catende: R$ 268.386,61

São Bento do Una: R$ 142.624,16

Timbaúba: R$ 101.194,23

Brejo da Madre de Deus: R$ 99.703,58

Macaparana: R$ 42.361,90

Camocim de São Félix: R$ 40.425,63

Terezinha: R$ 36.331,50

Tracunhaém: R$ 8.600,00

Ferreiros: R$ 8.098,00

Cupira: R$ 5.360,00

Chã de Alegria: R$ 3.800,00

Altinho: R$ 3.000,00

Primavera: R$ 2.000,00

Glória do Goitá: R$ 623,00

Total Geral: R$ 8.556.608,84



De acordo com as investigações, a relação de Denilson com os demais acusados no esquema começou quando ele foi auxiliar de escritório em outra empresa de Edmilson Catunda, a 3JC Serviços – que está registrada no mesmo endereço que a Megalic.

Por sua relação com a Megalic e os demais suspeitos, Denilson foi alvo de busca e apreensão e também de um bloqueio de bens determinado pela Justiça Federal de Alagoas na Operação Hefesto, no valor total de R$ 8 milhões, contra todos os alvos. De acordo com a decisão, deverão ser bloqueados todos os bens de mais de R$ 100 mil de valor em poder dos acusados até que sejam atingidos os R$ 8 milhões.

Fundada em julho de 2020, no início da pandemia, a Star Med já começou suas atividades como fornecedora de diversas prefeituras de Pernambuco sem passar por licitação. Em 24 contratos fechados até 2022, a empresa vendeu medicamentos e equipamentos hospitalares para os municípios.

Entre os itens vendidos, estão máscaras de proteção, luvas, agulhas descartáveis, algodão, atadura e remédios, como antibióticos, antigripais, antialérgicos e até ivermectina e azitromicina – medicamentos que chegaram a ser usados contra a covid, mas que são ineficazes contra a doença.

Os maiores contratos foram com as prefeituras de Palmares, Xexéu, Ribeirão e Carpina. Juntos, esses municípios pagaram R$ 6,3 milhões à Star Med. “Alguns” desses contratos, segundo as investigações, foram assinados pelo procurador da empresa, Rodrigo Lins Costa Melo, que é irmão de uma sócia da Megalic, Roberta Lins Costa Melo. Para a PF, isso reforça o indício de que Denilson atuaria somente como laranja.

A sede da Star Med funciona em uma pequena casa com fachada “singela”, na definição da Polícia Federal, em um município do interior de Pernambuco. A investigação identificou apenas dois funcionários ativos em seu quadro.

“Apesar de sua criação recente, fachada ‘singela’, capital social relativamente baixo, e o seu proprietário e procurador residirem em outro estado (AL), a STAR MEDICAMENTOS E MATERIAL HOSPITALAR EIRELI celebrou diversos contratos com prefeituras de PE, com valores expressivos”, diz o relatório da investigação.

Da redação do Portal com informações do Uol

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