Gilson Cruz de Oliveira, de 56 anos, que foi preso por matar a tiros a namorada na Paraíba, uma adolescente de 15 anos, identificada como Maria Vitória, foi indiciado por 19 crimes cometidos contra a própria namorada, os pais dela e outras quatro vítimas. A informação foi confirmada pela Polícia Civil para a TV Cabo Branco.
O crime aconteceu no dia 14 de julho deste ano na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano, quando o casal estava ingerindo bebida alcoólica e após começarem uma discussão, Gilson se armou e efetuou diversos disparos contra Maria Vitória. Após matar a adolescente, ele fugiu e foi preso no Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco.
De acordo com testemunhas, o casal estava junto há cerca de 2 anos, quando Maria Vitória conheceu Gilson e começou a trabalhar em uma padaria de sua propriedade. Após isso, eles começaram a se relacionar.
A namorada já havia relatado em mensagem de áudio que o namorado era violento e que já tinha feito ameaças com arma de fogo. “Jogou a pistola na minha cara”.
Segundo consulta no site do Tribunal de Justiça da Paraíba, Gilson também já foi acusado de agressão contra a própria filha, também adolescente na época, em junho de 2019, em Monteiro.
Dentre os crimes nos quais foi indicado, Gilson foi enquadrado em lesão corporal, ameaça, violência psicológica contra mulher, oferecer bebida alcoólica para menores de idade, posse ilegal de arma e importunação sexual.
Ainda segundo o delegado, o assassinato de Maria Vitória possui três qualificadoras: motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima. A adolescente, segundo a polícia, foi lesionada pelo homem em pelo menos seis ocasiões diferentes. A investigação apontou que Gilson também fazia ameaças contra os pais da garota.
Após conclusão do inquérito, a polícia remeteu a investigação ao Ministério Público, que deve oferecer denúncia à Justiça. O advogado de defesa disse que Gilson vem colaborando com a justiça desde o início das investigações e que não busca impunidade. “Ele está à disposição da justiça para pagar por tudo que foi cometido na medida da sua culpabilidade”, disse.
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