quarta-feira, 31 de maio de 2023

‘Barbeiro milionário’, Erick Fernandes é preso por associação ao crime organizado


 Erick Fernandes, conhecido como um habilidoso barbeiro, utilizava as redes sociais para ostentar uma vida de riqueza e sucesso, oferecendo dicas de como alcançar o tão almejado êxito. Porém, o que seus seguidores não sabiam era que toda essa fortuna vinha de atividades ilícitas ligadas ao crime organizado.

O delegado Cassiano Cabral, responsável pelas investigações, destacou que o estilo de vida extravagante de Erick não condizia com sua profissão. “O padrão de vida deles não condizia com a atividade profissional. Inclusive, eles vendem essa imagem de empresários bem-sucedidos mesmo sendo barbeiros e andando de Porsche, dirigindo veículos avaliados em mais de R$ 1 milhão”.

A verdade veio à tona quando Erick foi preso em Porto Alegre durante uma operação conduzida pela delegacia de combate à lavagem de dinheiro. A polícia descobriu que ele e sua família usavam a rede de barbearias “El Cartel Fernandes” como fachada para a lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas. Surpreendentemente, mais de R$ 33 milhões foram movimentados em apenas dois anos.

Os valores ilícitos foram obtidos através de ameaças e extorsões contra pessoas de baixa renda, que haviam invadido um loteamento em busca de moradia na cidade de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre. O grupo criminoso criou uma associação comunitária que cobrava mensalmente R$ 326 dos moradores. Aqueles que não pagavam eram expulsos do local.

Durante as investigações, a polícia identificou a participação de traficantes ligados a uma grande facção gaúcha no esquema. Além do próprio empresário, outras oito pessoas foram detidas por envolvimento nos crimes. A polícia gaúcha realizou 54 mandados de busca em cinco cidades do sul do Brasil e no Rio de Janeiro, onde uma das sedes da barbearia se encontrava.

Os luxuosos carros exibidos por Erick nas redes sociais foram apreendidos como parte das evidências. Somados, o valor dos veículos confiscados chega a impressionantes R$ 8 milhões.

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