O presidente de uma organização não-governamental (ONG) que acolhia menores, preso por torná-la um ponto de prostituição de adolescentes, cobrava R$ 50 para que os "clientes" entrassem no local, segundo a Polícia Civil
A investigação apontou que as jovens eram abusadas na casa dele, perto de onde funcionava o centro, em Paulista, no Grande Recife.
As informações foram divulgadas nesta terça-feira (21), em coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil, no Centro do Recife. Após uma denúncia anônima, quatro homens e duas mulheres foram detidos durante a Operação Pool Party, incluindo o presidente da ONG, que foi autuado em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva.
As mulheres detidas têm 19 e 20 anos. As idades dos homens presos não foram divulgadas, assim como os nomes dos quatro detidos. Também foram levadas à delegacia duas adolescentes, de 14 e 17 anos.
As adolescentes e as jovens estariam se prostituindo no local quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Pool Party, que significa "festa da piscina" em inglês.
De acordo com o delegado Darlson Freire, gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), a ONG oferecia, durante a semana, cursos, palestras e oficinas para crianças e adolescentes. No fim de semana, o centro se tornava ponto de prostituição.
"Tinha que ter uma referência para entrar. A casa era fechada, tinha muro muito alto, de três metros. Ninguém do lado de fora via o que acontecia dentro. Pagava-se R$ 50 e lá tinha adolescentes. Os clientes combinavam o valor do programa no local", declarou o delegado.
Os crimes investigados são favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, além de fornecimento de bebida alcoólica a adolescente. A polícia ainda investiga se o presidente da ONG ficava com alguma parte do dinheiro pago às vítimas.
O delegado também disse que as vítimas passavam por "testes" antes de se prostituir, segundo relatos obtidos pela polícia.
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