sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Obra inaugurada por Paulo Câmara, com 9 anos de atraso, não tem prazo para funcionar


 Na manhã do dia 28 de dezembro de 2022, às vésperas de deixar o comando do governo de Pernambuco, Paulo Câmara discursou num espaço lotado e sem climatização. " Agora, contamos com maquinário de ponta dentro de uma estrutura adequada para um melhor funcionamento", disse.

Paulo Câmara estava se referindo à inauguração do novo prédio do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. O imóvel, que fica anexo à sede da Secretaria de Defesa Social (SDS) foi entregue após nove anos de atrasos nas obras e de uma briga judicial.

Apesar da "entrega", o novo prédio continua com as portas fechadas. E sem prazo para entrar em pleno funcionamento, segundo o gestor da Polícia Científica de Pernambuco, Fernando Benevides.



Segundo ele, os equipamentos a serem utilizados no Instituto de Genética Forense são os mesmos que estão no laboratório que fica no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. Falta transportá-los. 

"Já existe uma tratativa para que a gente possa transportar no momento certo, até porque os equipamentos são bastante sensíveis. Nós dependemos de uma empresa, já contactamos. Existe uma calibração desses equipamentos para que, na hora que eles saiam da unidade de Prazeres, eles passem a funcionar imediatamente na nova sede", explicou Benevides.

"Nós temos uma previsão média para que, daqui a alguns meses, a gente faça essa transferência de um local para outro", completou. 

O INSTITUTO DE GENÉTICA FORENSE

O instituto tem, entre as funções, a responsabilidade de analisar as amostras de DNA recolhidas pelos peritos em locais de crimes. Hoje, no Estado, há um banco com cerca de 21 mil perfis genéticos de presos condenados, vestígios em locais de crimes e restos mortais não identificados.

Desde 2012, o Estado contava com um laboratório provisório localizado na Área de Segurança Integrada 6, em Prazeres. Salas foram adaptadas e equipamentos foram adquiridos às pressas pela necessidade que o Estado tinha de realizar exames de DNA. O novo prédio deveria ter ficado pronto em 2013, segundo previsão inicial. 

De acordo com o gestor do novo instituto, o perito criminal Jeyson Valeriano, o novo prédio vai agregar mais qualidade e haverá um ganho de produtividade nas perícias. No total, 25 profissionais trabalham com essas análises.

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