O Pix Saque permitirá que todos os clientes de qualquer participante do Pix realizem saque em um dos pontos que ofertar o serviço.
O Banco Central vai implementar em 29 de novembro o Pix Saque e o Pix Troco, ambos com limite máximo de transação tanto durante o dia quanto no período noturno.
Em nota nesta quinta-feira (2), o BC explicou que o limite máximo das transações dos dois produtos que fazem parte da Agenda Evolutiva do Pix será de R$ 500 durante o dia e de R$ 100 entre 20h e 6h.
Haverá, no entanto, liberdade para que os ofertantes dos novos produtos do Pix trabalhem com limites inferiores a esses valores se considerarem mais adequado, disse a autoridade monetária.
O Pix Saque permitirá que todos os clientes de qualquer participante do Pix realizem saque em um dos pontos que ofertar o serviço, como estabelecimentos comerciais e redes de ATMs compartilhados e participantes do Pix. Para isso, o cliente deverá fazer um Pix para o agente de saque a partir da leitura de um QR Code ou do aplicativo do prestador do serviço.
A dinâmica é praticamente idêntica no Pix Troco, com a diferença de que o saque de recursos em espécie pode ser realizado durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque).
Segundo informações do BC, cada consumidor poderá realizar oito transações gratuitas por mês. A partir da nona, as instituições financeiras ou de pagamentos em que o sacador tem conta poderão cobrar uma taxa. Mas o estabelecimento comercial nunca poderá cobrar pelo serviço.
No entanto, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já havia afirmado em entrevista, sem especificar valores, que os comerciantes iriam receber “alguma coisinha”. Este valor será de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, a depender da negociação com a sua instituição de relacionamento.
Ele defendeu ainda que este será um grande incentivo para o lojista, pois, na prática, ele será remunerado por algo que faria de graça e que o beneficiará, já que poderá encerrar o dia com menos recursos em espécie no caixa –implicando menos gastos com segurança do numerário.
“A oferta do serviço diminuirá os custos dos estabelecimentos com gestão de numerário, como aqueles relacionados à segurança e aos depósitos, além de possibilitar que os estabelecimentos ganhem mais visibilidade para seus produtos e serviços (“efeito vitrine”)”, afirmou o BC.
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