A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (30), que devido à crise hidrelétrica, a bandeira mais cara, vermelha 2, seguirá em vigor no mês de agosto. A tarifa está ativa desde junho.
A justificativa é a seca histórica na região das hidrelétricas, o que faz com que o governo recorra a usinas térmicas, que têm um custo maior de geração. O custo extra é repassado aos consumidores. A bandeira vermelha 2 representa uma cobrança adicional de R $ 6,24 para cada 100 kWh consumidos pelos brasileiros.
"Em julho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) continuam entre as mais críticas. Agosto-se com igual perspectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano", disse a Aneel.
O custo de operação das termelétricas deve aumentar 105,02% apenas nos primeiros dias do mês de agosto. Os dados foram publicados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta (30).
Mesmo diante desse cenário crítico, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descarta a possibilidade de um racionamento de energia para enfrentar a pior seca nas hidrelétricas da região Sudeste e Centro-Oeste em 91 anos.
O ministro afirmou, entrevista à CNN, que “não haverá racionamento e trabalhamos para que não haja risco de apagão.” Segundo ele, as indústrias trabalham para evitar que “haja concentração de demanda energética em horários que levaria a apagão, estamos conversando com a indústria para que dentro das necessidades escolhermos o descolamento, ou eles mesmos, com devidas compensações para o sistema elétrico.”
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