Escassez é crítica em todos os tipo sanguíneos.
Um dos maiores desafios enfrentados pelos hospitais do Recife, e potencializado com a pandemia da Covid-19, é a queda significativa de sangue disponível para os hospitais. Em 2021, após o feriado do São João, cada vez menos doadores ocupam as filas de espera para a doação no Hemope, resultando em uma falta de material para os pacientes.
Segundo a assistente social e supervisora de coleta do Hemope, Josinete Alves, o Banco de Sangue está funcionando com apenas 70% da sua capacidade total, sendo a maior parte deste volume sangue com fenótipos especiais, que não abrangem as necessidades gerais. A escassez se espalha por todos os tipos de sanguineos, mas o estoque de O +, o mais requisitado, está zerado.
“Para você ter uma ideia, a média de doações nossas é 350, mas estamos recebendo hoje cerca de 250. Com o estoque crítico em todos os tipos. Nesse momento, nós estamos convocando os dados de todos os tipos sanguíneos. Isso impacta diretamente nas solicitações de hospitais e pacientes, por isso neste momento estamos convocando os doadores de todos os tipos sanguíneos”, revelou a assistente social.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de doadores no Brasil representava apenas 1,6% da população, praticamente metade dos 3% que a OMS considera aceitável. Em contrapartida a diminuição de doadores, está o aumento da demanda por bolsas de sangue em hospitais, devido ao aumento no número de cirurgias sendo realizadas após as restrições impostas devido a pandemia da Covid-19.
“A gente reconhece que não existe a cultura de doar sangue, não só em Pernambuco mas no Brasil como todo, por isso necessário estarmos falando sobre o assunto, levando essa informação às pessoas. Se todos que estão em condições doassem duas vezes por ano nós não teríamos essa dificuldade”, declarou Josinete Gomes.
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