Em assembleia promovida nesta segunda-feira dia (3) de agosto, pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o governador Paulo Câmara (PSB), o secretário de Saúde, André Longo e o secretário estadual de Educação, Fred Amâncio, apresentaram aos prefeitos pernambucanos o planejamento do Estado para a volta às aulas. Na ocasião, os gestores também foram informados dos dados preliminares sobre a proliferação do novo coronavírus em diferentes regiões do Estado. Segundo a Amupe, os prefeitos se mostraram preocupados com a retomada do ensino presencial.
O secretário de Educação, Fred Amancio, fez uma apresentação do plano de retomada das aulas presenciais aos prefeitos e afirmou que a ação só será possível caso os dados epidemiológicos do Estado continuem em queda. “A gente só vai retomar com as aulas se os números epidemiológicos continuarem evoluindo de maneira positiva. A educação tem um papel importante na sociedade, pois quanto mais tempo os alunos estão fora da escola, mais cresce a desigualdade. Estimamos um aumento da evasão escolar e será um desafio grande trazer os alunos de volta”, explicou.
O prefeito de Carpina, Manoel Botafogo (PDT), afirmou que “um levantamento foi feito e constatamos que 80% dos pais não levarão as crianças para as escolas”. A mesma observação foi dita pela prefeita de São Bento do Una, Débora Almeida (PSB), que também se mostrou preocupada com a queda de arrecadação do Fundeb. “O que estamos recebendo só dá pra pagar a folha de pagamento, tivemos uma queda aqui em São Bento de R$ 2,5 milhões”, enfatizou a gestora. Os prefeitos também concordaram com a não retomada das aulas ainda este ano, “um ano se perde e se recupera, a vida nós não podemos perder”, disse o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB).
“A reunião foi muito válida. Tudo que ouvi dos prefeitos foi muito importante para construirmos uma agenda única”, destacou Paulo Câmara. O secretário de Educação, Fred Amancio, afirmou que “será necessária a ampliação do transporte escolar” e destacou que a perda de conteúdo vai gerar um “impacto negativo, a longo prazo, que os estudantes terão, devido a falta de aulas presenciais”.
Para o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), essa é a primeira reunião de uma série de encontros que podem acontecer com a mesma temática. “Consideramos que essa primeira etapa é de escuta. Cada prefeito traz a preocupação da sua cidade, da sua região. É um assunto complexo que requer cuidado. A decisão desses pontos precisam ter um arranjo que envolve a todos.”, concluiu.
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