Justiça ainda não definiu a data do júri porque ainda cabe recurso da defesa. Trio é acusado de assassinar, esquartejar e comer a carne de três mulheres.
O trio conhecido como "Canibais de Garanhuns" deve ir a um novo júri popular, de acordo com a sentença de pronúncia publicada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) desta sexta-feira (20). A Primeira Vara Criminal do município do Agreste determinou que os acusados serão julgados pelos crimes de assassinato, esquartejamento e ocultação de cadáver de outras duas vítimas: Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão, assassinadas em fevereiro e março de 2012, respectivamente.
Ainda segundo a sentença do TJPE, Gisele e Alexandra foram mortas a facadas e esquartejadas. Depois de esquartejarem, os acusados se alimentaram da carne das vítimas por três dias. Eles "ocultaram os demais restos mortais, que foram enterrados no quintal da residência [onde moravam os canibais]", afirma o TJPE. Eles teriam até utilizado parte da carne das vítimas para rechear coxinhas e salgadinhos que vendiam em Garanhuns.
Os acusados Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva já foram condenados em 2014 por homicídio quadruplamente qualificado da adolescente morta em Olinda, Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos.
A Justiça ainda não definiu a data do júri popular porque ainda cabe recurso da defesa dos réus, conforme o TJPE informou ao G1. Os acusados afirmam fazer parte da seita Cartel, que visa a purificação do mundo e o controle populacional. A ingestão da carne faria parte do processo de purificação.
O caso veio a público depois que parentes de Gisele Helena da Silva denunciaram o desaparecimento dela. Os acusados usaram o cartão de crédito da vítima em lojas de Garanhuns e foram localizados. Uma publicação contendo os detalhes dos crimes - registrada em cartório - foi encontrada na casa dos réus.
Audiência de instrução
O trio acusado de canibalismo participou de uma audiência de instrução no dia 29 de outubro de 2015 em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Jorge Beltrão, Isabel Cristina e Bruna Cristina foram acusados de duplo homicídio triplicamente qualificado, vilipêndio (violação) e ocultação de cadáver, segundo o promotor Jorge Dantas.
Ainda segundo o promotor, cada um teve "uma participação bem clara nos crimes". A audiência foi aberta ao público e realizada no Fórum Eraldo Gueiros Leite. Na ocasião foram ouvidas 18 testemunhas - incluindo os três acusados.
| Do: G1 Caruaru |
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